Hissashi Asofu (55 anos) – Curitiba
Conhecendo a Moralogia tive a grande oportunidade de rever o meu modo de viver. Desde a infância vivemos em busca da felicidade. Porém, na minha estreita visão, percebi que buscava apenas a felicidade material, esquecendo do elemento chamado felicidade espiritual, ou seja, a que decorre da atitude de cultivar o sentimento de alegria e a tranquilidade.
Quando se busca apenas a felicidade material, os sentimentos mudam constantemente de acordo com os resultados obtidos. Como poderei ser feliz verdadeiramente se os meus sentimentos mudam conforme os fatos e circunstâncias que envolvem o nosso dia a dia?
O que me chamou a atenção foi a máxima de Chikuro Hiroike (fundador da Moralogia), inspirada na frase de Mêncio, que diz: “Realize a nobreza divina e a nobreza humana a acompanhará”(1). Esta máxima é a expressão da Lei da causalidade (causa e efeito) que é mostrada muito claramente na Moralogia. O fundador foi uma pessoa que se empenhou extraordinariamente para desenvolver um sentimento sublime e tornou-se um mestre em orientar as pessoas a viverem de forma tranqüila e feliz.
Agora estou empenhado em concentrar os esforços para elevar o meu caráter, me transformar numa pessoa capaz de manter o sentimento de tranquilidade, satisfação e alegria diante de quaisquer situações (que atendam ou não às minhas expectativas), seja na família, seja na atividade profissional ou noutros círculos de relacionamentos humanos.
Em suma, o desafio é transformar o meu sentimento que “busca” a felicidade dependente do mundo material para um sentimento mais “autônomo”, independente de circunstâncias externas.
(1) Mêncio, para o Confucionismo, é como São Paulo para o Cristianismo. Viveu de 372 a 289 a.C. e ocupa uma posição única entre os discípulos do Mestre Confúcio.
Koshiro Nishikuni
Neurocirurgião, Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP.
O meu primeiro contato com a moralogia foi aos 24 anos de idade, no curso intensivo realizado no Centro de Educação Vitalícia de Itapeti, Mogi das Cruzes, em 1985. Aqui tomei conhecimento dos ensinamentos dos Grandes Mestres da Humanidade – Jesus Cristo, Buda, Confúcio e Sócrates – base das pesquisas do fundador da Moralogia, Chikuro Hiroike, demonstrando que as práticas morais promovem o aperfeiçoamento do caráter, resultando na conquista de uma verdadeira e duradoura felicidade.
Inspirei-me muito na história descrita num livro “A vida do Hideyo Noguchi(3) e a sua mãe.” Para se tornar médico, Noguchi dedicou sua vida ao trabalho e realizou grandes pesquisas científicas sempre com sentimento de gratidão à sua mãe e aos professores, e com o espírito de retribuir em prol de benefícios à humanidade. Com esse gesto os méritos e os reconhecimentos pela sociedade surgiram naturalmente.
Eu estou almejando também tudo isso, mas onde estará o meu sentimento de gratidão e de retribuição? Ao entender o propósito com que Noguchi fez tudo isto, percebi o quanto eu precisaria melhorar.
“Realize a nobreza divina e a nobreza humana a acompanhará”. Esta é a frase de Mêncio. Quero trabalhar seguindo estes princípios, me esforçar em servir ao próximo, com amor, bondade e humildade, colocando-se sempre na situação dos outros. Confesso que não é fácil, pois muitas vezes os sentimentos de ganância, arrogância, orgulho, falsa modéstia, ira, frustração, dentre outros, acabam predominando. Para aprender a controlar esses sentimentos – sementes de infelicidade – encontro os caminhos na moralogia e procuro praticar seus ensinamentos.
Convivendo diariamente com pessoas enfermas, concluo que “as pessoas mais espiritualizadas” possuem melhor grau de aceitação da doença. Percebo que essas pessoas “encaram” a doença de uma forma diferente. Para elas, a doença surgira como uma oportunidade para o crescimento interior.
Observando tudo isso eu quero me esforçar para fazer das minhas dificuldades o momento para a reflexão da minha atitude mental, mudar a forma de pensar e de agir, e buscar o verdadeiro significado da vida. Mais tarde, poderei reconhecer que graças às dificuldades enfrentadas a minha vida ganhou novos horizontes.
Saber não é o mesmo que ser. É preciso praticar, e sei que isto demanda muito trabalho, iniciativa e coragem. Por isso eu acho que moralogia é um estudo para toda a minha vida. Agradeço a todos que voluntariamente atuam na divulgação deste ensinamento. Muito Obrigado.
(3) Hideyo Noguchi (1876 – 1928, Japão), médico bacterologista japonês. Filho mais velho da família de um agricultor extremamente pobre, quando tinha 1 ano e meio de idade, caiu numa espécie de lareira da casa e sofreu uma grave queimadura em sua mão esquerda, ficando com todos os dedos da mão grudados. Sua mãe sentiu que ele não poderia ser agricultor e que a saída seria fazer com que ele seguisse o caminho do saber. Embora muito pobre, com muito esforço fez com que o menino freqüentasse a escola primária. Aos 16 anos passou por uma cirurgia na mão esquerda. Desde então, passou a idealizar o sonho de ser médico. Devido às dificuldades da mão esquerda, Noguchi foi trabalhar como auxiliar no laboratório de pesquisa de doenças contagiosas de Kitazato Shibazaburo, o que o fez seguir o caminho de pesquisador de bactérias. Aos 25 anos, quando da visita ao Japão do dr. Freskner, professor da Universidade de Pensilvania, Noguchi atuou como intérprete e convidado a trabalhar como auxiliar do professor. Noguchi pesquisou as cobras venenosas e após estudar em Dinamarca, onde realizou pesquisas sobre soro, foi contratado em 1904 pelo laboratório de medicina Rockfeller. Em 1907 recebeu da Universidade de Pensilvania o título honorífico de Master of Science. Em 1911 obteve sucesso na cultura pura da espiroqueta de sífilis. Em 1914, obteve o título de doutor pela Universidade Imperial de Tóquio. Em 1918 foi a Equador e em 1923 veio ao Brasil. Em 1927 foi para Acra, oeste africano, para pesquisar a febre amarela. Em 1928 foi contagiado e morreu naquele país. No seu sepulcro, em Nova Iorque, está gravada a seguinte frase: “Through devotion to science, he lived and died for humanity” (Pela devoção à ciência, ele viveu e morreu pela humanidade).
Dr. Ricardo J. A. Leme
Neurocirurgião e Doutor em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Um sociólogo, em visita ao Brasil vindo do Japão, me ensinou – após sua visita a cerca de 40 países – que as nações cujos índices de desenvolvimento humano (IDH) são mais elevados valorizam muito as áreas ligadas às humanidades; em contraposição, as nações em vias de desenvolvimento priorizam mais os setores ligados às ciências exatas e biológicas.
Esta priorização, em parte devida às questões de cunho econômico ligadas às instituições detentoras de certas tecnologias, acaba por refletir em aspectos profundos da organização social, implicando em última análise em um impacto na formação do ser humano. Dessa forma, por exemplo, uma sociedade culturalmente enriquecida estará muito melhor capacitada para oferecer motivos para as pessoas se interessarem pela vida. Caso contrário, uma estrutura baseada em técnica e tecnologia promove a aceleração do processo de desumanização, e conseqüentemente, do desinteresse pela vida ou interesse pelas vantagens imediatas do plano material.
Quando uma sociedade não tem nada de profundo a oferecer ou não valoriza o íntimo de seus habitantes, ela se torna uma sociedade de valores superficiais, sendo este o princípio da sociedade de consumo; aquela em que os seres são reconhecidos de acordo com seu potencial de consumo, e não pelo que eles são. Buscar profundidade como fundamento para a construção social implica em um movimento que deve iniciar pelo lado mais íntimo de cada ser, almejando a construção do mesmo de dentro para fora, cultivando-o, e nunca de fora para dentro, explorando-o. Alguns se reconhecem a partir do que têm (teres humanos) e não pelo que são (seres humanos), o que os fragiliza interiormente tornando-os vítimas do próprio apego em suas manifestações mais variadas.
O processo de formação e educação hoje se estabelece sobre um modelo que favorece os que sabem mais e castiga quem sabe menos. Pessoas são encorajadas a estudar por algo externo a elas como uma carreira, em detrimento de estudar para acrescentar valores e se desenvolver interiormente. Este processo repetido por vários anos na vida da pessoa estimula que o sistema de valores se volte para fora e se baseie na comparação e em títulos adquiridos. Se por um lado isso pode fazer algum sentido num primeiro olhar em que o mais capacitado será privilegiado, por outro, traz em si a semente do individualismo. Uma sociedade embasada no individualismo tende a se tornar mais aparelhada tecnicamente, porém menos do ponto de vista humano. Acredito que o estudo da ciência da moral (moralogia) possa ser uma saída saudável antes que se atinja um ponto sem retorno em que o lado selvagem dos homens seja cada vez mais evidente e o lado sublime cada vez menos valorizado.
Viver na superfície da personalidade sem o contato com a essência profunda pessoal esvazia a pessoa tornando-a vulnerável ao desenvolvimento de dores intratáveis, dores na alma. Em última análise, cada um é a melhor criação física que a essência pode manifestar na forma de vida. Negligenciar a essência é como construir uma casa sem colunas de sustentação. Existe liberdade para escolher a forma de estruturar a existência, mas não para escolher os resultados. A moralogia ensina que não somos culpados, mas responsáveis pela nossa situação de vida. A culpa é passiva enquanto a responsabilidade é ativa e auxilia a perceber nas atitudes tomadas o meu papel como gerador da situação e como revertê-la, se for o caso.
Pessoas com potencial para desenvolver dores psíquicas podem aparentar sucesso, mas a sensação de que tudo está dando “certo” na vida, que acompanha o sempre conseguir o que se quer, deve ser um alerta. Dentre as formas de conquistar objetivos existem situações do tipo ganho-ganha (todos os envolvidos ganham) e situações do tipo perde-ganha (uma parte ganha e a outra perde). Buscar situações do tipo ganho-ganha e evitar ao máximo e na medida do possível o envolvimento com as situações do tipo perde-ganha é um método preventivo eficiente para dores do tipo psíquicas.
O tratamento para as dores psíquicas se baseia nos processos que levam à expansão da consciência, estratégias para aprofundar o autoconhecimento, desenvolvimento e aperfeiçoamento do caráter e virtudes pessoais e finalmente, mas não menos, no cultivo da coerência entre pensar, falar e agir no mundo. Apesar da melhoria técnica nos processos de aprendizado e formação profissionais, o empobrecimento humano e cultural nas diversas áreas de atuação é nítido. Existe uma qualidade de conhecimentos que para serem aprendidos requerem um desenvolvimento do caráter, que não acontece por si só, principalmente em uma sociedade cujos veículos de informação ainda têm o costume de chafurdar as profundezas e fingirem de cegos ao belo, bom e verdadeiro, fundamentais à alimentação do ser humano integral e para a formação do bom profissional em todas as áreas. Caráter e destino são dois aspectos de uma mesma realidade e sempre que situações difíceis se apresentam é importante considerar melhorar o primeiro antes de se queixar do segundo.
Três elementos básicos e seus tratamentos no sentido de desenvolver a habilidade no manuseio das dores de natureza psíquica:
A prática é a teoria coroada, e certas lições só podem ser aprendidas quando ocorre a entrega na experiência. Saber algo guarda relação com a palavra latina sapere, ou seja, sentir o gosto, saborear. Assim, saber é vivenciar algo interior e intimamente, mais que compreender e repetir racionalmente.
“Nada designa melhor o caráter de um povo que aquilo que ele acha ridículo” (Goethe)
“Eu sou livre de tudo o que sei, mas sou escravo de tudo o que ignoro” (Espinoza)
“Nada do que é digno de ser conhecido pode ser ensinado” (O. Wilde).
“Pratique a nobreza divina e a nobreza humana naturalmente o acompanhará” (Mêncio)
Hideaki Ozaki
Corretor de seguros
Conheci moralogia há 13 anos, através de alguns amigos de Mogi das Cruzes, quando fui convidado a jogar golfe no bairro de Itapeti, na Estrada de Moralogia, naquela cidade.
Depois de algum tempo fui convidado a assistir algumas palestras e participar de seminários. Com isso passei a conhecer um pouco desta ciência. Mas, levei certo tempo para efetivamente assimilar o que é de fato necessário praticar no dia-a-dia para que as mudanças ocorram na nossa vida, para melhor. Tenho uma empresa de prestação de serviços, pequena, com 12 pessoas, fundada há 22 anos. No começo, achava uma coisa muito difícil “vender serviços” pois na verdade só vendemos contratos, ou uma promessa de serviços, e a priori nada temos para mostrar, nada palpável, dimensionável para entregar ao cliente. Antes de conhecer a moralogia, entender e PRATICAR os seus ensinamentos, eu achava – como a grande maioria das pessoas – que a minha empresa tinha que vender, faturar e lucrar. Começando com as pessoas mais próximas como familiares, amigos e conhecidos, e trabalhando até em finais de semana, feriados e à noite, consegui acumular muitos clientes.
Eu não entendia porque a empresa passava por dificuldades, se depois de alguns anos de trabalho havia acumulado um numero considerável de clientes e o faturamento mensal era muito bom. Mas, as dificuldades, principalmente financeiras eram constantes. Dia de pagamento de salários era um tormento (embora seja a única coisa que nunca atrasei), como também dos tributos que às vezes eram “esquecidos”e depois de autuados fazia os acertos ou a composição com juros e correção. Quase sempre eu estava entrando em cheques especiais, com juros exorbitantes.
Depois de alguns anos percebi que eu não estava praticando os ensinamentos da moralogia, mas, só aprendendo a teoria. Dentre os vários princípios da moralogia existe um que fala de “sampou yoshi” ou “sampou zen” ou ainda em português “o benefício para todos”.
Comecei a praticar este principio tanto em casa, com os familiares, como também na empresa. Depois de algum tempo a situação mudou. Hoje, não tenho mais a necessidade de sair correndo atrás de clientes, já consigo pagar todas as despesas em dia, e não preciso mais atrasar os tributos e fornecedores. Não preciso mais recorrer a juros exorbitantes dos bancos.
Não tenho nenhuma pretensão de ficar rico. O que eu quero é tranqüilidade, paz e felicidade, que na verdade foi o desejo do fundador desta ciência, para toda a humanidade! E isto se consegue e surgem novas idéias, mais alegria e em conseqüência, mais motivação para praticar este ensinamento. Muito obrigado.